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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2002 Kathie DeNosky

© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Uma centelha de amor, n.º 525 - fevereiro 2019

Título original: Cowboy Boss

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-1307-625-6

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

 

 

 

 

Cooper Adams esteve cara a cara com a morte e sobreviveu para o contar. Mas a recuperação depois do seu encontro com o pior touro do rodeio não podia comparar-se com o duelo que enfrentava naqueles momentos.

– Whiskers – disse, voltando-se para olhar o velho que estava ao seu lado, – como já te disse ao telefone, – porque é que te ocorreu comprar esta ruína? Ainda por cima com o meu dinheiro.

– Não te ofendas, Coop – replicou Whiskers Penn com um sorriso desdentado, obviamente imperturbável perante o tom mal-humorado de Cooper. – Como já te disse ao telefone, pode ser que o Triple Bar não te pareça grande coisa agora, mas tem muitas possibilidades.

Cooper soltou um suspiro.

– Sim, talvez a casa e os celeiros não caiam com o primeiro vendaval que houver.

Olhou a casa, comprada com o dinheiro que tanto lhe custou a ganhar. Dizer que aquele lugar conhecera dias melhores era pouco.

Grandes tiras de papel ondeavam ao vento. As poucas janelas intactas estavam tão cobertas de pó do Texas, que estavam completamente opacas, e o alpendre traseiro ameaçava desabar num dos extremos. Mas isso não era o pior. Faltavam tantas telhas que Cooper não teve dúvidas de que a casa seria um coador quando chovesse.

Subiu a aba do seu chapéu castanho Resistol e apoiou as mãos nas ancas, enquanto pensava no dinheiro que lhe ia custar a reforma. Quando calculou a quantidade apertou-se-lhe o coração. Adeus ao segundo camião que pensou comprar antes do Inverno…

Maldição! Pensou mudar-se para ali antes que o seu cunhado, Flint McCray, voltasse de levar a sua irmã Jenna e as crianças à Disneyworld. Para isso, apenas faltava uma semana e Cooper ainda tinha que cercar os pastos antes que Flint levasse o gado de Rocking M.

– Bom, tenho de ir a Amarillo – disse Whiskers, olhando para o relógio. – Espero chegar a tempo para conseguir o material de que necessitas para as valas.

Cooper assentiu.

– Procura também alguns rolos de plástico.

– Estás a pensar cobrir as falhas do telhado, verdade? – perguntou o velho com um risinho.

– E também as janelas partidas – respondeu Cooper. – A previsão do tempo aponta para estar a chover toda a semana. Não quero que o interior sofra mais danos do que já tem.

– Eu poderia dizer-te se vai chover ou não, sem necessidade de ouvir esse maldito boletim meteorológico – disse Whiskers, coxeando até à carrinha de Cooper. – Sempre que vai chover doem-me os ossos – subiu lentamente à cabina e ligou o motor. – Parece que vais ter companhia – disse com um sorriso.

Cooper voltou-se e viu que uma carrinha vermelha se aproximava aos solavancos pelo estreito caminho carregado de buracos. O veículo evitou um solavanco, suficientemente fundo, e deteve-se junto a uns postes que sustinham algumas madeiras partidas… o curral. Outra coisa que era necessária reparar.

– Com certeza são as autoridades, que vêm declarar este lugar em ruínas.

Whiskers voltou a sorrir e os pêlos da nuca de Cooper eriçaram-se ao ver a sua boca sem dentes.

– Não me envergonhes. Procura cuidar os teus modos, de acordo?

– Olá! – um homem robusto de uns cinquenta anos saiu da carrinha vermelha e começou a recolher o equipamento da parte traseira. – Sou o Bubba West, seu vizinho.

– Que diabo se passa aqui? – perguntou Cooper.

– Parece-me que alguém está a pensar ficar uma temporada – respondeu Whiskers num tom inocente. Soltou uma gargalhada e afastou-se com a carrinha antes que Cooper o pudesse deter.

Cooper franziu o rosto. Acaso teria o velho perdido o juízo?

Apagou essa possibilidade imediatamente. Tinha conhecido Whiskers há cinco anos atrás, e tinha que reconhecer que a idade não afectava o velho. Não, a sua rápida fuga significava que tinha algo preparado. Cooper não fazia ideia do que se podia tratar, mas estava certo de que não ia gostar quando descobrisse.

Abriu a boca para chamar a atenção a Bubba, mas ficou sem palavras ao ver como do assento do co-piloto saía uma mulher jovem. Esteve tão preocupado a pensar nas intenções de Whiskers, que não se tinha dado conta da presença de uma segunda pessoa no veículo. Mas ao ver a sua longa e ondulada melena de cor castanha avermelhada, e ao fixar-se no melhor rabo que tinha visto na sua vida, aí sim, ficou consciente da sua presença. Demasiado consciente…

Era alta e esbelta, mas não tão magra como as esqueléticas modelos que se viam nas revistas e na televisão. Não, as curvas daquela mulher poderiam deixar qualquer homem louco. A voluptuosidade das suas ancas atraía a atenção até à sua estreita cintura, o seu pequeno e duro rabo e as suas longas e bem formadas pernas, afundadas nuns calções azuis.

Cooper tragou saliva e sacudiu a cabeça. Não pôde ouvir o que a mulher disse a Bubba, mas estava claro que as malas eram suas. Cooper teve a intenção de protestar, mas nesse momento a mulher voltou-se para o olhar e foi incapaz de articular uma palavra. Não era apenas atraente. Era incrivelmente linda.

Ao ver os seus sensuais e generosos lábios, curvados num radiante sorriso, fez-se-lhe um nó na garganta. Mas foram os seus grandes olhos castanhos que lhe provocaram o desejo de fazer alguma estupidez, como matar um dragão ou mover uma montanha por ela.

– Até à vista, vizinho – disse Bubba, despedindo-se com a mão desde a cabina.

Cooper voltou à realidade ao ouvir o roncar do motor.

– Eh! – gritou a Bubba, mas já era demasiado tarde. A carrinha vermelha afastava-se pelo caminho, levantando uma nuvem de pó à sua passagem.

Cooper e a mulher ficaram durante vários segundos olhando um para o outro, antes que ele para o conseguisse aproximar-se dela.

– Sou o Cooper…

– Sou a Faith…

Os dois tinham falado ao mesmo tempo e começaram a rir.

– Vamos tentar de novo – disse Cooper, estendendo a mão. – Chamo-me Cooper Adams.

– E eu, Faith Broderick – sorriu e apertou-lhe a mão.

Logo que palpou a suavidade da sua pele, uma onda de calor subiu pelo braço e dirigiu-se até à região por debaixo da sua fivela.

Retirou imediatamente a mão e, para sua satisfação, comprovou que a mulher evitava o seu olhar e se concentrava na correia da mala que levava ao ombro. Era uma prova evidente de que também ela tinha ficado perturbada.

– O que posso fazer por si, menina Broderick?

Ela olhou para o caminho que conduzia à estrada.

– Era o senhor Penn quem vi ir embora na carrinha escura?

A sua voz era tão doce e sensual que Cooper teve de engolir saliva várias vezes antes de poder falar.

– O Whiskers foi a Amarillo buscar material.

– Oh – a jovem pareceu repentinamente insegura. – Disse quando volta?

Cooper sorriu, numa tentativa de lhe devolver a segurança.

– Tem de estar de volta antes que anoiteça. Posso ajudá-la em alguma coisa?

– Não creio – negou com a cabeça e esboçou um sorriso que quase o deixou sem respiração. – Tenho de falar com o senhor Penn – disse, enquanto acariciava nervosa a correia da mala. – Não lhe deu instruções antes de partir?

Cooper começou a rir.

– Nunca soube como explicar o que tenho de fazer e como o fazer. Por respeito à sua idade escuto-o, mas faço logo o que acho que é melhor.

O sorriso da jovem desvaneceu-se.

– E ele consente isso? – perguntou com incredulidade.

– Oh, às vezes pode ser um fala-barato – disse Cooper encolhendo os ombros. – Costumo deixar que desabafe, sem fazer muito caso.

– Nunca tive um patrão tão indulgente – disse ela negando com a cabeça. – Vai custar muito acostumar-me.

De repente, Cooper teve a sensação de que não estavam a falar do mesmo.

– Pensa que eu trabalho para o Whiskers?

– Não é assim?

– Não – respondeu ele com o rosto franzido. – Quando não está a tentar mandar na minha vida, trabalha para o meu cunhado, Flint McCray.

Ela não pareceu acreditar.

– Quando me contratou, o senhor Penn disse que precisava de alguém para limpar a casa e cozinhar.

– Fez o quê? – Cooper sentiu que a terra se abria debaixo dos pés. Olhou para as malas. Tinha-se esquecido delas assim que viu o sexy sorriso da jovem.

Ela pôs a mão no peito e começou a retroceder, como se estivesse assustada.

– Ouça, menina Broderick. Desculpe se a assustei, mas sou eu o proprietário do Triple Bar – olhou a casa por cima do ombro. – E como pode ver, não vou precisar de uma assistente durante muito tempo.

Naquele momento, tocou o seu telemóvel. Cooper tirou-o do seu cinto e atendeu.

Antes que pudesse responder, ouviu a voz de Whiskers do outro lado da linha.

– Coop, aposto que te estás a lembrar de mim e do Bubba neste preciso momento.

Cooper olhou para Faith. Parecia tão assustada, disposta a sair a correr à menor provocação.

– Podes estar descansado – disse a Whiskers.

– Supunha-o – disse Whiskers, rindo. – Por isso vou ficar na Rocking M, à espera que Flint e Jenna voltem das férias. Assim terás tempo para te acalmares e conhecer essa jovenzinha. Voltarei ao Triple Bar quando Flint levar o gado na semana que vem.

Cooper olhou para Faith e tentou esboçar um sorriso tranquilizador. Ao não conseguir, ignorou-a e baixou a voz.

– E supostamente o que devo fazer com Faith Broderick entretanto?

O velho voltou a rir-se.

– Rapaz, se não sabes o que fazer com uma mulher assim num rancho deserto, então não tens remédio.

O telefone deu um apito, indicando que estava a ficar sem bateria.

– Whiskers, tens a minha carrinha e estamos a quarenta quilómetros da Rocking M – Cooper começava a dar-se conta da gravidade do assunto. – Que diabo vamos comer? – perguntou num furioso sussurro.

– Já me ocupei disso – Whiskers parecia muito orgulhoso de si mesmo. – Tudo o que precisam está na casa ou no celeiro. Inclusive deixei aí as tuas roupas.

– Mas não há electricidade – Cooper odiava mostrar-se tão desesperado, mas apenas restavam alguns segundos de bateria.

– Não precisas de electricidade, rapaz – Whiskers não parava de rir. – E agora, trata essa jovem como a dama que é. Ver-nos-emos dentro de uma semana.

Antes que Cooper pudesse dizer algo mais, o telefone desligou-se. Fechou-o e mal se pôde conter para não o atirar tão longe quanto pudesse.

Voltou a encaixá-lo no cinto e reviu os factos.

Estava confinado num rancho deserto com uma mulher que não conhecia, sem meio de transporte nem de comunicação. Voltou-se para olhar para ela. O pior de tudo era que ele próprio lhe tinha de explicar a situação.

Se naqueles instantes tivesse posto as mãos em cima de Whiskers, tê-lo-ia deixado sem os poucos dentes que lhe restavam.

 

 

Faith observou como Cooper Adams se voltava para olhar para ela. Não parecia muito contente.

– Passa-se alguma coisa de errado? – perguntou, aflita.

Ele balançou-se sobre os seus pés e tirou o chapéu para passar a mão pelos seus cabelos louros. Ficou a olhar para o horizonte, como se não pudesse olhá-la nos olhos.

– Eh… – voltou a pôr o chapéu e olhou-a. – Parece que temos um pequeno problema.

A Faith apertou-se-lhe ainda mais o nó que tinha no estômago e os joelhos começaram a tremer. Havia algo que Cooper não lhe queria dizer e, a julgar pela expressão da sua cara, era algo que não ia gostar de ouvir.

Aproximou-se do montão de malas e sentou-se numa delas, antes que as pernas lhe falhassem por completo.

– De que se trata?

Cooper inspirou profundamente, expandindo o seu peito largo.

– Pelos vistos, Whiskers decidiu ficar no rancho da minha irmã e do meu cunhado. Diz que não pensa voltar até que Flint regresse das suas férias e tragam o gado da Rocking M.

Faith sentiu um calafrio. Não era do Texas, mas sabia que alguns ranchos estavam separados centenas de quilómetros uns dos outros.

– E para quando será isso?

Ele passou uma mão pelo rosto, antes de olhar para ela com os seus penetrantes olhos azuis.

– Dentro de uma semana.

O coração de Faith sobressaltou-se.

– Se tivesse a amabilidade de me levar a Amarillo, eu…

Ela o quê? Não tinha nada que fazer ali, e não podia voltar a Illinois, onde apenas a esperava uma pequena povoação onde constantemente lhe estariam a recordar os seus erros.

– Menina Broderick, isso é o pior de tudo – a voz de Cooper interrompeu os seus pensamentos. – Quando o Whiskers saiu na minha carrinha, levou o único meio de transporte que havia.

Faith olhou ao seu redor. Não havia nenhum veículo à vista, nem sequer um tractor.

– Posso telefonar a alguém com o seu telemóvel. Estou certa de que o senhor West…

– Ficou sem bateria.

Faith besitou.

– Carregue-a.

– Impossível. Não há electricidade.

– Quer dizer que estamos encurralados aqui até à semana que vem, incomunicáveis e sem nenhuma maneira de sairmos?

Ele assentiu com uma expressão rígida.

– É exactamente isso que quero dizer.

Faith massajou as fontes com os dedos. Por que é que o senhor Penn lhe tinha mentido dizendo-lhe que era o proprietário do rancho? E por que é que a tinha juntado ali com o rancheiro mais sexy que já tinha visto na sua vida?

Whiskers Penn tinha sido um amigo de toda a vida do seu falecido avô, e quando a sua avó lhe falou do trabalho, ela tinha dado por certa a honestidade do velho. Por isso, entrou em contacto com ele e aceitou o emprego. Whiskers conseguiu a aprovação da sua avó, algo muito difícil de lograr, de modo que tudo parecia ser uma simples via de escape do passado e um modo de refazer a sua vida.

Mas estava claro que tinha cometido o mesmo erro, confiando de novo na bondade e sinceridade das pessoas. Estava tão desesperada por começar de novo, que tinha saltado da sertã para cair nas brasas. Quando é que ia aprender que não devia acreditar em tudo o que os outros lhe diziam?

– Por que é que o senhor Penn faria algo assim?

– Porque o velho tem mais que uma veia de picardia – respondeu Cooper cruzando os braços ao peito. – Gostemos ou não, menina Broderick, temos que nos habituar à ideia de que estamos encurralados aqui até à semana que vem.

Olhou para o seu novo lar e depois para Faith. Havia muito pouco espaço para a sua tranquilidade mental. Cada vez que dobrassem uma esquina topar-se-iam um com o outro. A ideia de se chocar com ela produziu-lhe uma súbita reacção de calor corporal.

– Será melhor conhecermos o interior – disse, apontando para a casa.

– Se o que me disse é verdade, e o senhor é o dono da casa, como é que não conhece o interior?

Ele soltou um profundo suspiro.

– Porque fui suficientemente idiota para a comprar sem a ter visto antes.

– Por que o fez? – perguntou ela com cepticismo? – Nem sequer eu sou tão ingénua.

Cooper negou com a cabeça. Estava há meia hora a perguntar o mesmo.

– Depois de me retirar dos rodeios, comecei a trabalhar como comentador dos torneios. Quando este rancho saiu a leilão, eu estava a transmitir um circuito e não pude assistir ao lanço. E o Flint e a minha irmã estavam em viagem, num espectáculo equestre.

– Assim, foi o Whiskers quem a comprou.

– Por desgraça – disse ele assentindo. – Confiei nele quando me disse que a casa precisava de alguns arranjos, mas que era uma boa compra… Pode estar certa de que não voltarei a cometer esse erro.

Faith olhou para as malas que a rodeavam e levantou-se. Cooper olhou assustado o tamanho do seu equipamento. Por que é que para os homens lhes bastava uma simples mala para passar um mês inteiro, se em contrapartida as mulheres precisavam de meia dúzia de malas para apenas uma noite?

– Penso que seria boa ideia levar as minhas coisas para dentro – disse ela e agarrou uma mala em cada mão. – Parece que vai começar a chover a qualquer momento.

Cooper olhou para as nuvens que cobriam o céu e para o descomunal equipamento. Levantou tantas malas quantas podia carregar de uma só vez e encaminhou-se para a casa. Se se despachassem, poderiam acabar antes que caísse a torrente de água. Não tiveram tanta sorte. As primeiras gotas alcançaram-nos no caminho e, quando chegaram ao alpendre, a água caía abundantemente. Cooper deixou as malas em frente à porta e voltou para levar o resto do equipamento. Agarrou nas três últimas malas e correu de novo até ao alpendre, tendo cuidado para evitar chocar-se contra os beirados tombados do tecto.

Faith já tinha entrado na casa, o que para Cooper lhe pareceu muito bem. A visão do seu bonito rabo ferveu-lhe o sangue e incendiou-lhe perigosamente a imaginação… Enquanto estava de pé no alpendre, tratando de ver como iriam passar a semana sem a ameaça constante de uma erecção, ouviu-se um forte golpe, seguido de um guincho de mulher. O grito produziu-lhe um calafrio que alcançou até ao último dos seus nervos.

– Que diabo…?

A porta de madeira abriu-se subitamente e, antes que Cooper se apercebesse, Faith saiu disparada, saltou por cima das malas e colou-se a ele como uma lapa.