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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

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28001 Madrid

 

© 2001 Harlequin Books S.A.

© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Noite de paixão selvagem, n.º 438 - setembro 2018

Título original: World’s Most Eligible Texan

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

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As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9188-797-3

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Epílogo

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Prólogo

 

 

 

 

 

– Vais voltar para Royal?

– Exactamente. Posso usar o avião da família? – Aaron Black persistia ao telefone, sabendo que o pedido era um choque para o seu irmão.

– Resolveste tirar umas férias – ponderou Jeb. – Não acredito. Mas mandar-te-ei o avião assim que for possível. O diplomata de Espanha, o meu irmão, vai passar as suas férias a Royal, Texas. Acho difícil de assimilar a novidade.

– O Departamento de Estado está em estágio, portanto posso ausentar-me durante alguns dias – explicou Aaron. – Ora, tu também tiras férias, Jeb.

– Tiro com a minha família e costumamos ir aos países onde tu trabalhas. Não saímos de Houston para descansar em Royal.

– Talvez devessem experimentar. Royal é uma boa cidade.

– Sem dúvida, se apreciares vacas e alfarrobeiras. Aposto que daqui a dois dias me vais pedir o avião para te tirar de lá. E como ficará a embaixada enquanto estiveres fora?

Pela primeira vez naquele dia, Aaron sorriu.

– A embaixada americana em Espanha sobreviverá sem o seu Primeiro Secretário.

– Não tenho a certeza de estar a falar com o meu irmão. Sentes-te bem, Aaron?

– Estou óptimo. Manda lembranças minhas à Mary e aos miúdos. Melhor ainda, dá-lhes um grande abraço por mim. E obrigado por mandares o avião.

– Claro. Mantém-te em contacto. Agora diz-me mais uma vez que estás bem.

– Estou bem, «mamã».

– Como sou o teu irmão mais velho, às vezes tenho de agir de forma maternal. Tens de admitir que passar férias em Royal não é o teu estilo, Aaron. A tua decisão está relacionada com o Cattleman’s Clube do Texas?

– Sim, está – respondeu Aaron com sinceridade. Jeb não fazia parte do clube, mas sabia que a associação era uma fachada para que os membros trabalhassem em missões secretas a fim de salvar a vida de inocentes.

– Por que não me disseste antes? – exclamou Jeb, mais aliviado. – Cuida-te, Aaron.

– Obrigado, Jeb.

Aaron desligou o telefone e postou-se diante da janela da sua mansão vitoriana.

– Não faz o meu estilo – murmurou, consigo. – Graças a uma linda texana, estou a tomar atitudes inéditas na minha vida – hipnotizado pela neve, recordou aquela noite de Janeiro, três semanas antes, no baile do Cattleman’s Clube.

A pulsação acelerou ao recordar o momento em que avistou a graciosa morena, usando um simples vestido preto. Quando ela se virou, os brilhantes olhos azuis fixaram-se em Aaron. Ela ria de algo que alguém lhe dissera.

Ao focar aqueles olhos azulados, as covinhas no rosto e o belo sorriso, Aaron cedera ao impulso de a conhecer. Imaginava que conhecesse quase todos os habitantes de Royal, mas aquela mulher era-lhe estranha.

Então, Justin Webb surgira e Aaron desviou a atenção para cumprimentar o amigo. No momento seguinte, a mulher tinha desaparecido. Foram necessários mais de vinte minutos para ele atravessar a multidão de convidados e apresentar-se. Dois minutos depois, tinha-a nos braços, deslizando pela pista de dança.

As sensações de tocar aquele corpo e os beijos ardentes ainda estavam vivas na sua memória. Pamela Miles.

 

 

Um carro passou em frente à mansão e estacionou diante da casa ao lado. Brad Meadows, o seu vizinho, emergiu. Brad circundou o automóvel para abrir a porta à esposa. Em seguida, pegou na filha de três anos nos braços. Enquanto se apressavam para fugir ao frio, a menina de cabelos encaracolados viu Aaron na janela, sorriu e acenou.

Dominado por um forte sentimento, ele retribuiu o gesto.

Brad Meadows possuía uma família, uma linda esposa e uma filha adorável. A imagem de Pamela Miles veio-lhe à mente outra vez.

– O que há de mal comigo? – resmungou. Desde quando sentia inveja de homens casados?

Relembrou a infância feliz que tivera ao lado dos dois irmãos e da irmã. Olhou a penumbra silenciosa da sala. Uma casa vazia, uma vida igualmente vazia.

O pensamento perturbava-o. Porque é que ultimamente se sentia tão incompleto? A solidão em que vivia nos últimos anos, o sentimento de que algo importante lhe faltava, desapareceram ao mergulhar nos olhos de Pamela Miles.

Um único olhar revelou que a química entre ambos era volátil. E tal descoberta irrompera através de um alucinante acto de amor, cuja recordaçar ainda o fazia suar de desejo. Mas era algo mais profundo que atracção física. Pelo menos, para ele.

Na manhã seguinte, Pamela desaparecera sem deixar um bilhete. Quando Aaron acordou, ela já tinha partido.

Tentou esquecer aquela noite. Jamais deixara uma mulher subjugá-lo. Se a dama queria finalizar o caso daquela forma, tudo bem. Aaron teria mesmo de regressar a Washington e, logo depois, a Espanha, onde os deveres de Primeiro Secretário o esperavam.

Sabia que Pamela iria para Asterland para trabalhar como professora substituta. Se quisesse, podia procurá-la enquanto estivesse em Espanha.

Por fim, ele saíra do Texas sem a ver. Dois dias depois, um jacto particular descolava de Royal em direcção a Asterland, tendo Pamela Miles a bordo. Não muito longe, o avião fizera uma aterragem forçada. Quando Matt Walker, um amigo e também membro do Cattleman’s Clube, o informou acerca do acidente e dos estranhos acontecimentos em Royal, Aaron tentara ligar para Pamela, mas sem sucesso.

O hospital tinha-lhe dado alta logo após a aterragem forçada e Aaron sabia tão pouco a respeito dela que não conseguiu localizá-la. Ficara claro que a dama não estava interessada em revê-lo. Portanto, tentou esquecê-la.

No entanto, Pamela Miles persistia em impregnar-lhe os pensamentos, levando-o a constantes distorções. A única solução seria voltar a vê-la.

Enquanto observava os flocos de neve derreterem na rua, um vazio, tão gélido quanto a neve, invadiu-o. Aaron tinha ingressado no corpo diplomático do exército, imaginando poder transformar o mundo. Porém, agora já não nutria tal sentimento utópico.

Ao longo de trinta e sete anos descobria que poucos aspectos da sua vida lhe eram importantes. Mas durante o baile em Royal tal desolação tinha-se esvanecido. Pamela trouxera de volta a alegria de viver que ele tinha perdido.

Blasfemando, Aaron olhou a paisagem através da janela, sem realmente atinar com o que via.

– Pamela, sei que tu também viveste essa emoção – Aaron meneou a cabeça, resignado. A mulher não estava interessada. Contudo, ele iria a Royal descobrir.

Na tarde seguinte, o último dia de Janeiro, Aaron apertava a direcção do carro que lhe fora deixado no aeroporto, enquanto percorria a estrada de terra. O vento norte sacudia as árvores, indicando uma possível queda da temperatura.

Mas não era o frio que o incomodava. As imagens de Pamela Miles ainda lhe aqueciam o corpo.

Aaron agora estava em casa e iria, a qualquer custo, encontrar a sua dama.