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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2006 Kathie DeNosky

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Compromisso entre inimigos, n.º 769 - Fevereiro 2016

Título original: Engagement Between Enemies

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7782-5

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Epílogo

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Prólogo

 

Caleb Walker estava sentado a uma mesa num canto do bar de um hotel de Wichita, no Kansas, observando os dois homens que estavam à sua frente. Mesmo que a empregada loura lhe tivesse dirigido um sorriso, tendo em conta que não tinha sexo há séculos, nem isso o faria desviar a atenção do que tinha entre mãos.

Viveu toda a sua vida como um homem sem irmãos. Nem nunca soubera quem tinha sido o seu pai. Mas, há uma hora atrás, num escritório elegante na sede da Emerald S.A., toda a sua história mudara. Caleb descobrira que o seu pai era, nem mais nem menos, que o playboy e herdeiro do império Emerald, Owen Larson. O defunto Owen Larson.

Agora, tinha de se habituar à ideia de que não só sabia quem era o seu pai, como ao facto de ele ter morrido num acidente de barco, ao largo da costa francesa, sem ter tido a oportunidade de lhe atirar à cara o ele ter abandonado a sua mãe grávida sem sequer lhe ter dito adeus.

Ficou também a saber que a sua avó era a indomável Emerald Larson e que os dois homens que estavam sentados à sua frente eram os seus meios-irmãos.

– Custa-me a acreditar que essa velha louca nos tenha vigiado durante a vida inteira – suspirou Hunter O’Banyon. – Sabia tudo sobre nós e, até agora, nunca fez nada.

– Essa velha louca é a nossa avó. E eu não diria que ela nunca fez nada – Nick Daniels bebeu o gole de cerveja e pousou a garrafa sobre a mesa com uma pancada. – É preciso ter muita cara de pau para ter contratado um batalhão de detectives, que a informaram de todos os nossos passos desde o jardim-de-infância, e nunca nos ter dito nada.

– Isso tem outro nome e não é cara de pau – disse Caleb.

Continuava a sentir um nó no estômago cada vez que pensava que Emerald Larson, fundadora e presidente de uma das multinacionais mais prestigiadas do país, lhes tinha negado os seus direitos desde o momento em que tinham nascido.

– Ainda por cima, chantageou as nossas mães, com ameaças de que nos deixaria de fora do testamento, para que elas não contassem nada sobre o canalha do filho... – Caleb abanou a cabeça incrédulo. – Não há dúvida que a velha é uma manipuladora da pior espécie.

Nick assentiu.

– Mas eu até compreendo que as nossas mães tivessem entrado no jogo. Tinham esperança que, algum dia, herdássemos o que nos cabia por direito... ainda que o preço a pagar por isso fosse demasiado alto.

– Eu passo a minha parte da herança – Hunter negou com a cabeça. – Não estou a pensar andar às ordens dela.

– Vais rejeitar a oferta? – perguntou Caleb.

Se aceitassem as condições de Emerald Larson, cada um deles iria gerir uma das empresas da multinacional. Ela tinha garantido que a oferta não tinha qualquer armadilha e que não se iria imiscuir na forma como eles iriam gerir os negócios. Mas Caleb não era tão tonto a ponto de acreditar nela. E, pelos vistos, os seus meios-irmãos também não.

– Eu não entro dentro de um helicóptero há cinco anos – murmurou Hunter, cerrando os lábios. – O que é que eu vou fazer a dirigir uma empresa de evacuações médicas?

– Bom, isso até me parece mais normal do que mandar um cavaleiro desportivo dirigir um rancho no Wyoming – retorquiu Nick. – Vivo há doze anos num duplex em Saint Louis e a única coisa que eu sei sobre gado foi o que vi na televisão.

Caleb estava de acordo. O que Emerald Larson lhes estava a pedir era um absurdo. Ele tinha feito um curso de gestão de empresas no secundário... há séculos, portanto. E não estava nada disposto a fazer figura ridícula.

– E como é que vocês pensam que eu me sinto? Eu sou um agricultor do Tennessee apenas com o secundário. Não podia ter passado pela cabeça da Emerald nada mais ridículo do que pedir-me para dirigir assessorias financeiras.

Hunter comeu umas quantas amêndoas.

– Tenho a certeza que a velha tem alguma na manga. Não faz sentido ela passar-nos a Emerald, S.A. assim, de mão beijada, depois de tantos anos.

– Sem dúvida que não – assentiu Nick.

Caleb não sabia o que passara pela cabeça de Emerald Larson, mas tinha a certeza que ela tinha feito cada uma daquelas propostas com alguma intenção.

– Eu acho que ela quer provar alguma coisa.

– O quê? Que não sabemos o que fazemos?

– Não faço nem ideia. Mas tenho a certeza que a Emerald Larson não faz as coisas por acaso – Caleb encolheu os ombros enquanto bebia um gole de cerveja. – Na minha opinião, nós temos duas opções. Ou dizemos que não e deitamos por terra todos os sacrifícios das nossas mães ou aceitamos a oferta e provamos-lhe que, apesar do seu batalhão de detectives, ela não tem nem uma vaga ideia de quem nós somos e do que valemos.

Hunter concordou, pensativo.

– Tenho a certeza que a velha deve ter alguma na manga. Não acredito que nos dê a Emerald, S.A. assim, de mão beijada, depois de tantos anos.

– Sem dúvida que não – concordou Nick.

Caleb não sabia o que passaria pela cabeça de Emerald Larson, podia jurar que a escolha das empresas tinha algum objectivo por trás.

– Eu acho que ela deve querer provar alguma coisa.

– O quê? Que não sabemos o que fazemos?

– Não faço ideia. Mas tenho a certeza que Emerald Larson não faz as coisas por dá cá aquela palha – Caleb encolheu os ombros enquanto bebia um gole de cerveja. – Na minha opinião, só nos restam duas opções. Ou lhe dizemos que não e, nesse caso, todos os sacrifícios que as nossas mães fizeram foram sem sentido ou aceitamos a oferta e provamos-lhe que, apesar do seu batalhão de detectives, ela não tem sequer vaga ideia de quem somos nem do que valemos.

Hunter assentiu, pensativo.

– Agrada-me a ideia de poder atirar qualquer coisa à cara da arrogante senhora Larson.

– Deve ficar louca se chegar a perceber que nos meteu numa coisa de que não fazemos a mínima ideia – disse Nick.

– Mas se for para ir em frente, temos que levar a coisa a sério e dar o nosso melhor – Caleb levantou-se e deixou um par de notas em cima da mesa. – Eu não faço nada pela metade.

– Eu também não – disseram os outros dois ao mesmo tempo, enquanto se levantavam para pagar as suas contas.

– Então, agora só falta darmos-lhe a resposta – Caleb tinha a sensação que estava prestes a meter-se em cima de uma corda bamba... sem rede por baixo.

Enquanto se dirigiam para os escritórios da Emerald, S.A., não conseguiu evitar um certo nervosismo por antecipação. Sempre gostara de desafios. E, por mais estranho que parecesse, até tinha vontade de dirigir a Skerritt & Crowe, Assessores Financeiros.

A única coisa que podia lamentar era não ter a formação adequada para poder fazer o seu trabalho.