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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 1996 Anne Marie Rodgers

© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Uma noite de paixão, n.º 307 - janeiro 2018

Título original: Rancher’s Baby

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9170-943-5

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

Tye Bradshaw fechou os olhos quando o motorista do todo-o-terreno virou a direcção e saiu da estrada. A luz do sol provocou-lhe uma dor de cabeça ainda mais aguda. Sentia como se estivesse alguém a tocar bateria dentro dos seus ouvidos. Além disso, o dedo partido latejava.

O agricultor que lhe oferecera boleia passou por entre dois pilares feitos de pedras onde se encontrava uma placa a dizer: «Rancho Flecha Vermelha».

Tye notou que chegara, apesar de não ver nenhuma casa pelas redondezas.

Quando atravessaram um caminho de terra batida, percebeu pelos contornos que estava um rebanho bovino a pastar a uma grande distância. Ao aproximar-se, viu que havia muitas vacas e todas de boa qualidade. Os estábulos eram bem construídos e a produção de leite deveria ser enorme. Havia também alguns cavalos presos a piquetes.

Era ali que encontraria Dulcie Kincaid.

Tye não conseguiu esquecê-la desde que tinham passado uma simples noite juntos. Ao lembrar-se da forma como Dulcie deixara o apartamento na manhã seguinte, estremeceu. Estava furiosa consigo mesma e demasiado embaraçada para o encarar. Tye pretendia ir atrás dela, mas o telefone tocou e… nunca mais a encontrou.

Um ano depois, ali estava ele, esperando que Dulcie o desculpasse pelo atraso.

Os seus pensamentos desviaram-se quando o automóvel passou por um buraco. O solavanco fê-lo abanar a cabeça e sentir uma dor alucinante.

Cerrando os dentes, aguentou firme até o motorista acabar de subir uma colina. Foi quando a sede do rancho dos Kincaid surgiu bem à sua frente.

Apesar da dor e do desconforto, sentiu a ansiedade aumentar ainda mais. Dulcie estava ali, com certeza dentro de casa, que também tinha um dos lados virado para os currais e celeiros.

O bom homem que o conduzira até ali dirigiu-se ao jardim da frente da residência e parou o carro. Um cão preto e branco, que parecia uma mistura de collie com pastor alemão, aproximou-se a correr e a ladrar, furioso, pelo portão da frente assim que a porta foi aberta.

– Deita-te, Corky! – uma mulher não muito alta, com cabelos e olhos negros, pele clara e traços perfeitos desceu os degraus da varanda.

O animal parou de ladrar e obedeceu, porém Tye nem reparou nele.

Dulcie. Os olhos de Tye absorviam cada detalhe do que via. Ela parecia a mesma e, ao mesmo tempo, totalmente diferente. Algo ainda o fazia reagir ao mero facto de a ver. Era a química dos corpos, tentou convencer-se.

Os cabelos estavam mais compridos e o olhar parecia mais cansado. Deveria ter engordado uns quilos, mas isso não a deixava menos bonita. Ao conhecê-la em Albuquerque, Dulcie era demasiado magra. Um pouco, na verdade.

O olhar de Tye ficou atento aos seios arredondados e lembrou-se de como eram bem-feitos e se encaixavam com perfeição nas suas mãos na noite em que fizeram amor. As lembranças não faziam justiça à realidade.

– Olá, John – cumprimentou Dulcie, aproximando-se da janela do motorista do todo-o-terreno. – O que é que te trás por cá?

– Tenho uma encomenda para ti – respondeu o homem.

Com a sobrancelha erguida e a cabeça inclinada para o lado, era evidente o espanto de Dulcie, que ainda não tinha visto o passageiro.

– Uma encomenda?

Tye abriu a porta, colocou os pés no chão e pegou numa mala, que era a sua única bagagem. A paisagem fê-lo parar por um instante. Após respirar fundo, virou-se e olhou por cima do carro para a cumprimentar.

– Olá, Dulcie.

Com o susto, ela empalideceu e deu um passo para trás.

– Tye? O que é que estás aqui a fazer?

– Vim visitar-te – informou, enquanto dava a volta ao todo-o-terreno, mas parou quando a viu recuar ainda mais.

Dulcie deixou claro que não estava satisfeita por vê-lo e Tye ficou surpreendido e triste por constatar tanto desapontamento. Até àquele instante, ainda não tinha percebido o quanto estava a contar com uma calorosa recepção e um belo sorriso. Não compreendia o que tinha acontecido com ela.

A outra porta do automóvel abriu-se e o rancheiro saiu. Dulcie olhava para Tye como se estivesse a ver um ser de outro planeta. De repente, ele apercebeu-se da chegada de uma mulher loira, que acabara de sair de dentro da casa.

– Olá, Ângela – cumprimentou John. – Trouxe-te um hóspede.

– Um hóspede? – a jovem parecia surpreendida, mas trazia no rosto um sorriso gracioso e, ao aproximar-se, estendeu a mão. – Olá, sou a Ângela Kincaid. Bem-vindo à Flecha Vermelha.

– Obrigado. Sou Tye Bradshaw, um amigo da Dulcie.

Curiosa, a jovem loira virou-se para Dulcie.

– Não me disseste que estavas à espera de visitas.

– E não estava – Dulcie falou baixo e não demonstrou nenhuma expressão no tom da sua voz.

O que é que se passava com ela? Deveria saber tão bem como Tye que a culpa de terem ficado tanto tempo distantes um do outro não era dele.

A dor de cabeça parecia intensificar-se e, com a experiência que tinha de quedas de cavalos, sabia que necessitava de se sentar, antes que desmaiasse ali mesmo.

– Quis surpreendê-la – explicou Tye ao aproximar-se de Ângela lentamente. – Éramos vizinhos em Albuquerque – afirmou, suando devido ao esforço e à concentração para se explicar.

– O senhor está bem, senhor Bradshaw?

Tye tentou sorrir.

– Já estive melhor. O meu carro foi atingido por um camião em Dening.

– O médico queria que ele ficasse sob observação, mas o teimoso não quis – disse o atencioso rancheiro que o ajudara.

John entregou uma folha de papel a Dulcie, que estendeu a mão automaticamente.

– São essas as instruções do médico.

Dulcie respirou fundo, parecendo considerar a decisão a ser tomada.

– Acho melhor entrares – declarou, virando-se e mostrando o caminho.

Tye seguiu-a. Sentia-se demasiado tonto para perguntar o que é que se passava com ela. Faria isso mais tarde, quando se sentisse melhor.

Quando o rancheiro partiu, Ângela seguiu-os até ao interior da casa, onde a temperatura era bastante mais agradável. Tye só conseguia ver as costas rígidas de Dulcie à sua frente. Sabia muito bem que aquele silêncio se devia ao facto de ela desaprovar cada passo que ele dava no interior da sua residência. Ficou curioso por saber se estava zangada por ele a ter deixado de forma abrupta depois de… dormirem juntos. Tye tinha tentado entrar em contacto com Dulcie, mas não podia fazer nada se ela decidira nunca responder aos seus recados. De repente, um barulho chamou-lhe a atenção.

Era um bebé. Tye tinha passado bastante tempo com a família dos seus primos e sabia identificar uma criança que pedia atenção. Diante do choro, a dor de cabeça aumentou ainda mais. Procurando equilibrar-se, apoiou-se na parede.

Dulcie parecia consternada, mas foi Ângela quem se dirigiu até à primeira entrada à esquerda do corredor onde estavam. O choro cessou logo de seguida. Tye, entrando logo atrás, viu Ângela na sala de estar a embalar um bebé nos seus braços, acariciando-o e conversando baixinho com ele. No canto da sala, ao lado de uma lareira de pedras, estava o berço onde o bebé deveria estar a dormir.

– Meu pequenino! Deixámos-te aqui sozinho, não foi? E não gostaste nada disso, pois não? – enquanto Ângela falava, a criança acalmava-se.

– Senta-te – Dulcie apontou para uma cadeira. O tom de voz era seco, não demonstrava emoção alguma, e o olhar indecifrável.

Tye hesitou. Queria muito conversar com ela, mas a sala parecia estar a girar em seu redor e não conseguia ver nada com clareza.

Como ele não obedeceu de imediato, ela insistiu:

– Estás quase a cair. Queres fazer o favor de te sentares?

Tye obedeceu. Dulcie estava certa, ele encontrava-se prestes a desabar. Antes que pudesse dizer algo, porém, ela terminou de ler o relatório do médico e afirmou:

– Tiveste uma contusão e devias ter ficado sob observação no hospital.

– Eu não quis – Tye abanava a cabeça. – Já tive outras contusões antes. Este mal-estar há-de passar, só preciso de me deitar um pouco e…

– Espera! Também partiste o dedo. Pelo menos, deixaste que os médicos cuidassem disso?

A forma como Dulcie o tratava não era como ele imaginara; no entanto, a preocupação demonstrada no tom de voz podia ser considerado como um sinal positivo.

– Sim, só não permiti que colocassem gesso. Uma tala é o suficiente – declarou, mostrando a mão para inspecção. – Eles não podem fazer muito, a não ser colocar o dedo no lugar e esperar que os ossos se recuperem.

Dulcie ficou em silêncio por um momento e continuou:

– E o teu carro? Tem conserto?

– Acho que sim. Disseram algo a respeito do chassis – Tye não se lembrava dos detalhes. Procurou um papel no bolso. – Foi levado para esta oficina e pediram que eu ligasse amanhã para saber o que é que tem de ser feito e qual é o orçamento.

Dulcie pegou no cartão.

– Vou telefonar para lá mais tarde e pedir para que despachem o serviço. Presumo que possas ficar aqui por um dia ou dois até tudo ficar pronto.

– Dulcie! – Ângela parecia surpreendida, embora tentasse disfarçar com um sorriso. – Vamos estender a nossa hospitalidade durante o tempo que o senhor Bradshaw precisar. A propósito, sou a cunhada da Dulcie.

– Obrigado. E podes tratar-me por Tye.

Ângela estava com o bebé nos braços e a criança agitava a cabeça contra o colo várias vezes.

– Acho que está com fome. Vou levá-lo para…

– Porque é que não lhe mudas a fralda antes de ele comer? – interrompeu Dulcie. – Vou mostrar o quarto ao Tye e buscar gelo – virando-se para ele, ordenou: – Segue-me.

Antes que Tye pudesse protestar, Dulcie pegou na mochila e saiu da sala.

Tye achou que Ângela estava um pouco confusa, mas a expressão no seu rosto transformou-se tão depressa que ele não pôde ter a certeza. Ao sentir a dor na cabeça piorar cada vez mais, preocupou-se em segui-la pelas escadas e pelo corredor, onde havia, pelo menos, meia dúzia de quartos. Quando ela abriu a porta do aposento de hóspedes, Tye foi directamente para a cama e caiu sobre a colcha feita à mão. Os pés ficaram de fora.

Com a eficiência das enfermeiras do hospital onde Tye estivera antes, Dulcie retirou-lhe as botas e ergueu-lhe os pés, colocando-os sobre a cama sem dizer uma só palavra. Em seguida, deixou-o a sós e voltou momentos mais tarde com uma bolsa de gelo, que colocou sobre o dedo partido. Estava inchado e a ficar da cor de uma ameixa. Porém, a dor na cabeça era tão forte que Tye mal se preocupava com o ferimento da mão.

– Descansa um pouco – disse ela, com o tom de voz demonstrando os primeiros sinais de compaixão.

Tye tentou pegar na mão de Dulcie, que se colocou fora do seu alcance num movimento tão natural que o deixou furioso.

– Sim. É o que farei. E mais tarde vamos conversar.

Sem responder, Dulcie saiu do quarto e deixou-o sozinho.

Tye fechou os olhos e adormeceu.

A certa altura, Ângela entrou, examinou-o, verificou-lhe as pupilas e aconselhou-o a continuar a dormir.

Mais tarde, Tye voltou a acordar. Tentou levantar-se, mas uma forte dor na mão esquerda fê-lo recuar por um instante. Quando a sua desorientação cessou, conseguiu lembrar-se de onde estava e a razão de estar ali. Com interesse, olhou em seu redor, observando o quarto. Notou que deveria ter sido decorado por Dulcie.

Não tinha muitos móveis, no entanto era bonito e simples. Havia um grande guarda-roupa de duas portas e uma confortável poltrona de madeira que combinava com a cama e a mesa lateral. Um vaso grande de cerâmica enfeitava um dos cantos. Na mesa-de-cabeceira havia um pequeno candelabro de bronze e ao lado um relógio redondo. Eram cinco e quinze. Então, Tye concluiu que tinha dormido por volta de duas horas e meia.

O estômago roncava alto. Devia estar quase na hora do jantar. Percebeu que não tinha almoçado. Calculou que deveria ser meio-dia quando foi tirar os raios X.

Ao pensar no hospital, lembrou-se do seu estado físico. Ergueu a mão e examinou o dedo partido. Estava muito roxo, mas melhor. Pelo menos, não lhe doía como antes, e Tye decidiu que não tentaria usá-lo para nada.

Com cautela, sentou-se, testando o estado da cabeça em posição vertical. Uma dor fraca parecia vir de trás dos olhos, mas o forte desconforto tinha passado. Lembrou-se do médico do pronto-socorro e disse para si mesmo:

– Crescer numa quinta torna um homem mais forte. Acho que morro antes de ser hospitalizado.

Mesmo sentindo-se melhor, era prudente que não se esforçasse de mais. Com cuidado, calçou uma das botas, procurando não se inclinar muito para baixo. Em seguida, repetiu o processo para calçar o outro pé. Satisfeito com o seu desempenho, levantou-se. Esperou que uma leve sensação de tontura lhe passasse pela cabeça antes de começar a andar. Ao sair do quarto, dirigiu-se até às escadas, que subira algumas horas antes.

O que é que Dulcie estaria a fazer? Ao relembrar o comportamento anterior, concluiu que as oportunidades de conseguir conquistar a sua amizade, ou algo mais, eram remotas. A ideia não lhe agradou nada. Tye odiava estar zangado com pessoas queridas.

Ao descer até à sala, decidiu que iria procurá-la para que pudessem conversar. Um som vindo do final do corredor chamou-lhe a atenção e Tye parou por um momento. Era uma mulher a sussurrar algo. Parecia ser a voz de Dulcie e, guiado por ela, Tye seguiu pelo corredor até à última entrada à esquerda.

A porta estava encostada e o canto vinha de dentro. Era a voz de Dulcie. Ele vira-a cantarolar, enquanto preparava um jantar para os dois em Albuquerque. Satisfeito com a oportunidade de poderem conversar em particular, colocou a mão na maçaneta e empurrou a porta, devagar.

Dulcie estava sentada numa cadeira de baloiço, olhando para o bebé que tinha nos braços. A blusa fora desabotoada e a criança mamava calmamente no seio exposto.

O choque deixou-o atordoado. O bebé era de Dulcie.

Deveria ter feito algum barulho, porque ela levantou a cabeça nesse mesmo instante. Deixou escapar um som que mostrava o seu susto. Os olhos negros arregalaram-se. Estava quase em pânico por vê-lo de pé, ali, à sua frente.

Tye não conseguia mover-se. Vários pensamentos desordenados passavam-lhe rapidamente pela mente antes de conseguir examiná-los. O que via confundia-o. Uma criança com a pequenina cabeça coberta por uma fina camada de cabelos escuros, os braços de Dulcie a embalar o filho, a mãozinha sobre o seio da mãe…

Por fim, sabendo que havia muitas perguntas que precisavam de ser respondidas, Tye respirou fundo e entrou na sala, onde Dulcie e o bebé se encontravam.

A aproximação tirou-a do estado de choque em que se encontrava. Puxou uma manta que estava sobre o encosto da cadeira de baloiço e passou-a pelos ombros, cobrindo assim o seio e a criança.

– O que é que estás a fazer? – a expressão do rosto e a voz demonstravam o quanto Dulcie estava irritada.

O tom usado chegou a assustar o bebé. Tye viu-o esticar as perninhas para depois começar a chorar. No mesmo instante, a atenção de Dulcie voltou-se toda para o filho. Ao tirá-lo de baixo da manta, embalou-o nos braços, murmurando sons carinhosos para o acalmar. Quando conseguiu, voltou à posição anterior para o amamentar.

A facilidade com que ela cuidava da criança, convenceu-o da verdade que procurava negar. O bebé era mesmo de Dulcie. Chocado, sentiu o dedo latejar de novo.

«Quem será o pai?», interrogou-se.

Ao conhecerem-se em Albuquerque, Tye ficou a saber que Dulcie estava separada do marido e esperava pelo divórcio. Quando soubera do seu estado civil, chegou a chamar Lyle Meadows de estúpido por ter deixado uma mulher como aquela. Mas se o bebé não era de Lyle…

Apesar da dor, Tye concentrou-se nalguns rápidos cálculos. Há quase dez meses que ele e Dulcie tinham feito amor na primeira e única noite que passaram juntos. Na mesma noite em que ela descobrira a infidelidade do marido. Se Dulcie tivesse engravidado naquela época, o bebé deveria ter por volta de um mês de idade.

Com cuidado, respirou fundo, para que a sua voz não o traísse.

– Quantos meses é que ele tem?

Dulcie ergueu o rosto e encarou-o. Tye tinha lembranças dela como sendo uma mulher calma, doce e meiga. Fácil de se conviver e envolver. Nenhuma dessas qualidades poderia ser aplicada naquele momento. Tye também a encarou, esperando que Dulcie cedesse primeiro.

Sem tirar os olhos dele respondeu:

– O meu filho tem três semanas.