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HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2008 Sara Orwig

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Um casamento com engano, n.º 2281 - março 2017

Título original: Wed to the Texan

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2010

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9439-6

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Epílogo

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Para conseguir o que queria, Jake Thorne sabia que tinha de se casar quanto antes. Removeu-se incómodo na sua luxuosa poltrona de trabalho enquanto contemplava Dallas do 25º andar onde se encontrava o seu escritório. Como faria para encontrar uma esposa a seu gosto em apenas algumas semanas?

Havia muitas mulheres na sua vida, mas nenhuma lhe despertava interesse suficiente para manter uma relação longa, muito menos casar-se. Especialmente, quando a maioria só queria beneficiar-se da sua fortuna e da sua posição social. Tinha de encontrar alguém que não andasse atrás do seu dinheiro.

O som do intercomunicador tirou-o dos seus pensamentos. Emily Carlisle, uma das suas secretárias, necessitava que assinasse alguns papéis.

Observou-a enquanto ela entrava no gabinete: tinha deixado crescer o cabelo e apanhava-o no alto da cabeça. Tal como sempre, usava uma blusa de algodão e uma saia de cores suaves que a faziam fundir-se com a decoração do escritório. Embora estivesse há vários anos a trabalhar para ele, Jake mal reparava nela para além do terreno profissional. Emily era tranquila, agradável e uma das secretárias mais eficientes que tinha tido, e por isso o demais não era relevante. Sabia, porque lho tinha perguntado uma vez, que usava óculos para parecer mais adulta, não por necessidade. No entanto, desconhecia se ela estava com alguém; também não lhe importava muito.

Emily deixou um monte de cartas e relatórios sobre a mesa e passou-lhe duas notas cor-de-rosa.

– Tinha duas mensagens no atendedor de chamadas esta manhã: uma de Kalas Jaskowski e outra da Miranda Gable – anunciou ela.

– Marca uma entrevista por telefone com Jaskowski – indicou ele. – E à Miranda diz-lhe que lhe telefono quando voltar da Austrália, dentro de duas semanas.

Miranda seguramente queria convidá-lo para uma das suas festas para tentar retomar uma relação que para ele estava mais que terminada.

Emily assentiu e lembrou-lhe a agenda do dia, repleta de reuniões.

Muito avançada a tarde, Jake celebrou o facto de estar sozinho por fim no seu gabinete. Tinha muitos contratos para ler e necessitava que Emily lhe dactilografasse umas cartas. Estava a fazer com que ela trabalhasse horas extra, mas ela assegurou-lhe que não havia problema.

Às seis, Jake agarrou no seu casaco para se ir embora e ficou surpreendido ao ver Emily ainda em frente do computador. Aproximou-se da sua mesa.

– Por hoje já terminámos, Emily. Vai para casa.

– Estou a deixar coisas preparadas para amanhã – respondeu ela com um sorriso.

Jake desligou o computador.

– Vai buscar as tuas coisas, vais jantar comigo – anunciou.

Emily olhou para ele surpreendida.

– Não é obrigado a fazê-lo…

– Eu sei, mas apetece-me – insistiu ele. – Estás livre esta noite?

Jake felicitou-se ao vê-la debater-se interiormente. Desde que tinha treze anos não se lembrava de nenhuma mulher assim perante ele.

– É só um jantar, Emily – acrescentou.

Ela corou, agarrou na sua mala e aproximou-se dele, sem deixar de olhá-lo perplexa.

– Há algum homem na tua vida a quem lhe importe que jantemos juntos? – perguntou ele.

– Não – respondeu ela taxativa.

Jake perguntou-se se estaria tão farta como ele de encontros supérfluos. Abriu-lhe a porta e, ao passar, Emily deixou um rasto de agradável perfume. Coberta pelo casaco, mal se distinguiam as suas formas. Mas Jake, dada a sua necessidade urgente de encontrar esposa, observou-a mais atentamente. Propor-lhe casamento era uma ideia absurda, disse para si mesmo, os seus mundos eram totalmente diferentes.

Chegaram ao carro, um elegante Maserati negro, e Jake percebeu a desaprovação de Emily. Ficou intrigado, nenhuma mulher alguma vez lhe tinha recusado o seu dinheiro.

Uma vez na mesa do restaurante, Jake estendeu a mão e tirou os óculos a Emily.

– Sei que não precisas deles – explicou-lhe.

Emily tinha uns lindíssimos olhos azuis e longas pestanas. Tinha tirado o casaco e a sua folgada blusa bege deixava adivinhar umas insinuantes curvas.

– É verdade, não preciso deles – respondeu ela com um sorriso, guardando-os. – Esqueço-me que os uso.

– Fala-me de ti, o que é que gostas de fazer nos teus tempos livres? Deduzo que não haja um homem na tua vida neste momento.

– Nem vai haver durante muito tempo. As coisas não correram muito bem da última vez – comentou ela com certa amargura. – Talvez espere demasiado.

– Demasiado, o quê, por exemplo?

Emily encolheu os ombros.

– Um homem compatível comigo e de quem a minha família goste.

– Então a família é importante para ti. Esperas casar-te e ter a tua própria algum dia, estou enganado?

– É o mais importante da minha vida – respondeu ela. – Suponho que não seja assim para si, que persegue o êxito profissional. Trabalha sem descanso, inclusive aos fins-de-semana.

Jake sorriu ao pensar no seu iate e na sua casa na montanha.

– O dinheiro e a minha carreira profissional são importantes para mim, mas eu também quero casar-me e ter filhos – aclarou. – Fala-me da tua família.

Ela contou-lhe que os seus pais viviam em Dallas e que tinha três irmãos e uma irmã, todos casados. O seu pai era pastor de uma ordem. Emily bebeu um sorvo de vinho e continuou a falar enquanto comiam as suas saladas. Não estava a fazer nenhum esforço por gostar dele e menos ainda por ser sedutora, pensou Jake. Também não parecia interessada na sua fortuna. Era uma conversa amigável, tal como no escritório.

Jake descobriu que ela tinha trinta anos, só dois menos do que ele. Era responsável, inteligente e digna de confiança. As mulheres com quem ele costumava sair não possuíam essas qualidades, talvez por isso não equacionasse casar-se com nenhuma.

Jake sorriu ao ouvir Emily pedir uma caixa para levar as sobras do copioso jantar. Ele fazia o mesmo até ter recebido o seu primeiro cheque com seis dígitos. Desde então, tinha deixado de se preocupar com o dinheiro e pretendia continuar assim.

À saída do restaurante, ele tomou-lhe o braço.

– A noite é jovem. Deixa-me mostrar-te a minha casa, podemos tomar um copo e continuar a conversa.

– Obrigada, mas vou para casa. Amanhã tenho muito que fazer: sou tutora de matemática na minha paróquia.

O pulso de Jake acelerou: desde quando uma mulher recusava o seu convite para conhecer a sua casa? Tinha encontrado a solução para o seu dilema? Não havia razão para haver amor, ele estava há trinta e dois anos sem o encontrar. E necessitava uma esposa e uma família quanto antes para obter o que queria.

– Vivo em Oak Avenue num condomínio de apartamentos – informou ela.

– Vives perto do escritório.

– Sim, chega-se facilmente andando ou de bicicleta – respondeu ela sorridente.

Jake sabia que ela nunca o convidaria a subir, portanto, quando chegaram em frente à casa de Emily, desligou o motor e virou-se para ela.

– Emily, pareces tão farta de relações como eu.

– Suponho que sim.

– Ainda assim, ambos queremos casar e formar uma família, certo?

Ela sorriu ligeiramente e assentiu. Ia abrir a porta e sair, quando ele acrescentou:

– Estive a pensar no meu futuro, Emily. E esta noite que te conheci um pouco melhor tomei uma decisão: deveríamos equacionar um casamento de conveniência. Acho que poderia funcionar. Assim, os dois conseguiríamos o que queremos.

– Casar! – balbuciou ela com os seus grandes olhos azuis muito abertos.

Jake fixou-se nos seus lábios carnosos e apetecíveis.

– Sim! Um casamento decidido com cabeça e planificado com lógica. Um casamento que satisfará as nossas necessidades e ao mesmo tempo será prático e simples. Há sete anos que trabalhamos juntos, não somos estranhos. É ideal.

– É absurdo! – exclamou ela.

– Não, é perfeito – rebateu ele.

Jake tomou uma das mãos de Emily entre as suas e olhou para ela nos olhos.

– Emily, queres casar-te comigo?

Capítulo Um

 

Dezassete meses depois

 

A brisa embalava as folhas das palmeiras e o sol fazia reluzir as brancas paredes da villa de Jake. Da varanda, Emily contemplava a límpida piscina com cascatas e fontes rodeada de um exuberante jardim de relva e e flores tropicais. A praia adivinhava-se um pouco mais além.

Em Dallas, Setembro ainda era tempo de Verão, mas a brisa marítima das tardes já era fresca. A ilha privada do seu marido deveria parecer-lhe um paraíso, não uma prisão. Mas Emily queria regressar ao Texas. Jake chegaria a casa a qualquer momento e ela ia expor-lhe os seus planos.

Absorta nos seus pensamentos, não era sensível à beleza que a rodeava. Durante dezassete meses tinha estado encerrada num casamento de conveniência; já estava pronta para quebrar os seus votos. Ela não era a mulher que Jake necessitava, embora lhe custasse aceitá-lo.

Estava farta de viver na ilha. Jake saía todos os dias para trabalhar, e como tal seguramente não sentia saudades de Dallas ou nem sequer notava a diferença. Mas aquela vida ociosa não era para ela, tal como também não o seria para Jake.

O motor de um carro desportivo anunciou a chegada de Jake. Emily entrou em casa para o esperar. Ventoinhas de tecto moviam preguiçosamente o ar por cima do mobiliário de bambu.

Emily comprovou o seu aspecto num enorme espelho. O seu longo cabelo castanho estava apanhado num rabo-de-cavalo. Tinha um vestido curto azul claro e sandálias. Ultimamente tinha emagrecido. Jake não tinha reparado nisso, mas a Emily não a surpreendia.

Quando o ouviu abrir a porta principal, chamou-o. Mal o viu, o pulso de Emily acelerou. Desde o princípio lhe tinha parecido um homem bonito e sexy, mas não tinha ido mais além disso porque era o seu chefe. Além disso, frequentemente telefonavam para o escritório mulheres a quem Jake tinha partido o coração e que tentavam voltar para ele. Ela não queria ver-se nessa situação.

No entanto, desde que ele se tinha fixado nela, o seu corpo respondia apaixonadamente perante ele, coisa que a assustava um pouco.

O que ela mais gostava de Jake eram os seus olhos cinzentos de longas pestanas que a enlouqueciam. O seu queixo quadrado, nariz recto e maçãs do rosto marcadas completavam um bonito rosto que chamava a atenção. Além disso, alto e sempre impecável, do corte de cabelo até aos fatos feitos à medida, desprendia êxito e segurança em si mesmo. Emily tentou aplacar o seu desejo lembrando-se que não podia continuar com aquele casamento. Temia a hora seguinte, mas devia pensar no seu futuro.

– Estás lindíssima. Que alegria chegar a casa – disse ele aproximando-se e abraçando-a.

Emily viu-se envolta na sua água-de-colónia e no seu corpo musculado.

– Porque é que estás com essa cara? – perguntou ele levantando-lhe o queixo.

– Jake, quero falar contigo – respondeu ela com um fio de voz.

Emily não tinha a certeza de poder dizer-lhe o que tanto tinha ensaiado. Nos seus braços, a sua determinação começava a fraquejar. Jake era um homem maravilhoso cheio de qualidades e ela sentia que estava em falta para com ele: não conseguia dar-lhe o filho que ele desejava.

– Eu também quero falar contigo, que te parece depois de fazermos amor… agora? – propôs ele num sussurro.

Começou a acariciar-lhe o pescoço e Emily vibrou de prazer.

– Comprei-te um presente – anunciou ele dando-lhe um estojo com um laço vermelho.

– Não devias dar-me presentes assim – protestou ela.

– Não vejo por que não. Quero fazê-lo. Abre – ordenou-lhe ele impaciente por ver a sua reacção.

Emily estremeceu ao ler o desejo nos seus olhos. Abriu o estojo: um fabuloso colar de diamantes e safiras brilhou ao sol da tarde.

– É impressionante – disse ela entristecendo-se ainda mais.

– O que é que se passa? – perguntou ele fazendo com que ela olhasse para ele. – Não gostas?

Emily inspirou profundamente. Nenhuma mulher faria o que ela estava a ponto de fazer. A sua irmã Beth já lhe tinha dito que era uma loucura.

– O colar é lindíssimo, Jake, não é isso… Algo não funciona. O nosso casamento, o nosso acordo… não funciona.

Jake franziu a testa.

– Estamos apenas casados há um ano e meio, dá-nos uma oportunidade. O que é que te faz infeliz exactamente?

– Dissemos que queríamos um bebé. Os médicos comprovaram que os dois somos saudáveis, mas eu não engravido. Desculpa estar em falta contigo.

– Relaxa-te, dá tempo ao tempo – tranquilizou-a ele e sorriu travesso. – De facto, podemos trabalhar nisso esta noite.

Começou a beijar-lhe o pescoço. Emily fechou os olhos, a ponto de sucumbir como tantas outras vezes. Jake era apaixonado, compreensivo e tentava sempre comprazê-la, era impossível resistir. Mas por uma vez, ela recorreu ao seu bom senso e afastou-se de Jake.

– Jake, ouve-me! Sabes que podes distrair-me, mas necessitamos falar disto.

Ele acariciou-lhe a bochecha com suavidade.

– Querida, tento dar-te tudo o que queres. Proponho-te o seguinte: vai mudar de roupa, jantaremos nas ilhas Caimão. Há um mês que estás nesta ilha, já é hora de saíres daqui. Além disso, assim poderemos falar durante todo o serão. Vou dizer para prepararem o avião e vou reservar o restaurante.

– Jake, podemos ficar aqui perfeitamente…

– Eu sei, mas quero sair contigo. Vou tomar um duche e fazer a barba – anunciou ele e saiu como um relâmpago.

– Era a isto que eu me referia – disse Emily para a sala vazia. – Não me ouves. Fazes unicamente o que tu queres.

Franziu os lábios e dirigiu-se para o seu enorme quarto para se arranjar. Entrou no closet, tão grande como metade do seu antigo apartamento, e pousou o colar de diamantes e safiras sobre a cómoda. Olhou para ele e suspirou. Muitas mulheres ficariam entusiasmadas com um presente como aquele.

Pelas janelas abertas chegava o som do mar. Aquilo era um paraíso. E uma prisão. Tal como o seu casamento.

Supôs que jantariam num restaurante elegante, e como tal escolheu um vestido azul-escuro liso sem mangas, fechado no pescoço com finos botões de ébano. Era de linhas simples, mas ficava-lhe muito bem. Penteou-se e apanhou o cabelo no alto da cabeça. Não costumava maquilhar-se demasiado, por isso depois de calçar umas sandálias de salto e agarrar numa mala de seda, estava pronta para se reunir com Jake. Parou a contemplar de novo o colar. Julgou-o demasiado elegante para aquela ocasião, mas adornou o peito com um diamante em gota que Jake lhe tinha oferecido anteriormente. Ela não dava importância às jóias e quase não costumava usar nenhuma, mas sabia que Jake gostaria que ela usasse os presentes que ele lhe dava.

Conforme descia para o hall, perguntou-se se conseguiria que Jake a ouvisse. Talvez simplesmente devesse ir-se embora deixando-lhe uma nota.

Jake estava à espera dela na porta principal concentrado no seu Blackberry. Mal o viu, o pulso de Emily acelerou. Ninguém punha em dúvida que o seu marido era bonito. Vestido com um fato azul-escuro feito à medida e uma camisa branca, tinha todo o aspecto do multimilionário que era.

Jake tinha uns rasgos perfeitos, mas o que o destacava do resto dos homens eram os seus olhos cinzentos. Olhos irresistíveis que podiam arder de desejo, brilhar de diversão ou avaliar uma situação com um simples olhar. Quando ela se aproximava o suficiente, podia ver as diminutas gotas verdes junto à pupila. Mas aqueles mesmos olhos ocultavam os pensamentos de Jake com total eficácia. E Emily conhecia também o seu olhar de aço quando estava decidido a levar a sua avante.

Cortar com ele supunha romper com tudo o que lhe tinham ensinado e isso fazia-a sentir-se culpada. Mas os seus temores pelo futuro e a sua incapacidade de ter um bebé eram mais poderosos.

Arrepender-se-ia algum dia de o ter deixado? Há três semanas que se perguntava a mesma coisa. Ele não teria problemas para refazer a sua vida, milhares de mulheres desejariam substituí-la.

Se o deixasse, não haveria volta atrás. Jake não a perdoaria, já o tinha visto aplicar essa faceta no trabalho. Não estava acostumado a não levar a sua avante.

Ia ser uma noite complicada.

Jake guardou o Blackberry e percorreu Emily lentamente com o olhar. Aproximou-se a só uns centímetros dela e abraçou-a pela cintura.

– Estás lindíssima e cheiras maravilhosamente – sussurrou-lhe com voz rouca.

– Obrigada – respondeu ela séria.

Levantou a vista para ele e o seu pulso acelerou ao ver a expressão do seu olhar.

– És muito mais apetecível do que qualquer jantar– acrescentou ele elevando a temperatura da sala.

Pousou o seu olhar na boca de Emily fazendo-a suspirar. Aproximou-se mais dela.

– És deliciosa – acrescentou ele roçando-lhe suavemente os lábios com a sua boca.

Emily fechou os olhos e pousou as suas mãos sobre os braços de Jake. Podia sentir os seus poderosos músculos debaixo do elegante tecido. Jake atraiu-a para si e beijou-a. Emily entreabriu os lábios e ele deslizou a sua língua no interior acendendo um fogo que ela não podia controlar: gemeu suavemente e entregou-se a ele. Abraçou-o pelo pescoço, apertou-se contra ele e devolveu-lhe o beijo ardentemente.

Quando Jake a soltou por fim, Emily necessitou uns segundos para voltar a si. Abriu os olhos e encontrou-o a olhar para ela. O seu rosto mostrava duas emoções: desejo e satisfação. Ele sabia demasiado bem que com um beijo podia fazê-la esquecer todas as suas queixas e discussões.

– Jake, beijarmo-nos não resolve nada – advertiu-o ela.

– Tens razão. Provoca um incêndio que só tu podes apagar depois – murmurou ele insinuante. – Tens o diamante que te ofereci. Fico muito contente que gostes dele.

– É adorável.